Medo de deixar por fazer
Medo se amargurar pelo
que não se fez
Medo de perder a vez.
Disse
a Dra Ana Beatriz em Mentes Ansiosas: “O medo é um sentimento universal: todos
sentem, e diversos estudos demonstram ser uma emoção primária (inata) do ser
humano, necessária para proteção e perpetuação da espécie.”
O
livro estava lá, em cima da mesa, ainda com o recibo dentro. E o nome
realmente chama a atenção para o poço de ansiedade que vive dentro de mim. Aí
eu escuto o Lenine e Julieta listando a imensidão de possibilidades que
perdemos por causa da emoção primária, inata a qual a Dra Ana Beatriz tenta
nos fazer entender. Eu leio, mas provavelmente nunca vai ficar totalmente claro
para mim.
Ela
explica que “as respostas físicas e mentais ao medo eram tão essenciais para a
sobrevivência de nossos antepassados primitivos que permanecem de forma intensa
e muito poderosa até os dias atuais.” Eu não tenho problema do meu medo de atravessar
a rua, ou de entrar em um lugar escuro, pelo contrario, acho bastante útil,
como ela mesma disse no livro. Esse medo eu mantenho, até alimento se for
preciso. O medo de que o Lenine fala é que me incomoda. Esse que faz a gente
empacar entre uma decisão e outra. Entre o fazer ou não fazer. Diante da
possibilidade de que algo não aconteça amanha, se hoje você não fizer aquilo. Quer
dizer, como nossa mente pode ter medo de algo que nunca vivenciou antes?
Afinal,
os seres mais evoluídos não deveria temer menos ou eu entendi todo o processo
errado? Assumir os riscos por conta própria e ter capacidade de lidar com as
consequências sem nenhuma sequela grave. Não, não é isso? Tudo bem, então. Acho
que vou ler mais um pouco. Ou viver mais um pouco. Quem sabe um dia eu entenda
melhor.
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