domingo, 7 de abril de 2013

Foco

A minha euforia acontece assim, quando tudo parece que se encaixa, tudo se encaminha. Não por forças divinas, por esforço meu mesmo. Aferir os resultados é minha recompensa. "Colher os frutos" como diria a sabedoria popular. A incerteza gera uma certa adrenalina que te move pra frente, mas minha gasolina mesmo são os resultados do meu trabalho, daquilo que eu dediquei tempo, os feedbacks. Talvez por isso essa ideia de "estabilidade" que todo mundo corre atrás em um emprego público não me convença. Outro dia, conversando com uma amiga "mais experiente" (para ela não ficar irritada), coloquei meu ponto de vista. Acho ilusória o conceito que estabilidade que todos buscam, por quê tanto medo? A competência é o melhor cartão de visitas, qualquer um que for bom no que faz não corre risco de morrer de fome, sempre haverá uma porta com uma oportunidade a espera, basta batalhar por ela. E mais, trazer bons resultados para a empresa, orgão, seja-lá-no-quê-que-você-trabalhe é  maior motivo para ter seu lugar garantido.Se não tiver, o mundo é o limite, criatividade e disposição estão aí para criarmos novos caminhos. Mas ela me fez pensar em algo mais distante. Quando somos jovens, independentes, tudo parece lucro e vantagem. Um albergue com café da manhã simples e barraca de camping parece ser a experiencia antropológica mais interessante para qualquer viagem. Sair de casa sem ter a mínima ideia de como voltar no meio da madrugada chega a ser excitante. Mas aí você decide colocar alguém no mundo. E eu, por mais sozinha e egoista que possa ser as vezes, deixo guardado esse desejo latente de ser mãe que um dia perderá o controle e acontecerá no tempo de ser. E aí, como fica toda essa aventura? Eles precisam comer na hora certa, ter abrigo e a certeza da cama quente na madrugada fria. Talvez um emprego diferente a cada dois meses não seja a solução mais tranquilizadora com um filho chorando nos braços. E parece mesmo tão distante. Há tanto tempo vivo por minha conta, cuidando do meu, pensando num mundo que me afeta apenas. Viver se afastando de apegos maiores faz com que achemos estranha a possibilidade de uma vida que não gire mais apenas em torno do "eu". Uma vida que toma rumo em torno de um "nós", e muito provavelmente o "eles" chegue a vir sempre antes em algum momento. É estranho, de repente você desviar o foco assim. E olha que ainda nem aconteceu.

domingo, 24 de março de 2013

Caldeirão

Essa paixão pela universidade que toma conta de mim e as vezes (maioria das vezes) me faz querer estar lá ao invés de estar no trabalho. A diversidade de idéias, de pessoas e pensamentos. Esse pulsante caldeirão de produção de conhecimento, me faz querer dar minha parte, o meu tempero. Eu não quero sair de lá. Talvez seja o coração dando um rumo na vida pelos próximos anos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ponto

O mercado não se importa que você trabalhe por dois. Ele não vê você como dois. Você é um. Se você executa o trabalho de dois é por que está em condições de fazê-lo. Provavelmente nunca passará pela cabeça dele (do mercado) que você almeja uma promoção ou simplesmente acredita que o trabalho deve ser feito com qualidade e que esperar pela contratação de outro funcionário pode comprometer consideravelmente o resultado da sua área. A verdade é que se paramos para contar a quantidade de trabalho que estamos executando é porque o processo não está sendo prazeroso. Uma das características da minha geração é o fato de não termos horas definidas de trabalho. Isso por que queremos trabalhar com o que nos move e nos motiva, algo que sentimos estar fazendo diferença de alguma forma. Com colaboração, aprendizado e cooperação. Assim, qualquer lugar vira escritório e o ponto não existe. É como contar os minutos gastos com seu namorado ou assistindo seu filme favorito. Não faz sentido.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

We have plans for you

I'm so excited about so many things at the same time, I don' t even know how to stard. I heard that voice in my head. It keeps telling me: "You' re exactly were you' re supposed to be. We have plans for you, sis!"

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sonho

Eu sonhei que tinha perdido o controle. Da vida, de tudo. Minha agenda e os lembretes do celular não funcionavam mais e eu já não sabia o que tinha pra daqui a um mês, uma semana, nem mesmo para amanhã. Alguém apagara meus compromissos, desmanchara todos os meus planos. No meio do desespero uma mensagem da melhor amiga chegava pelo celular:
- Vai fazer o quê amanhã? Vamos tomar uma cerveja?
Perdida, eu respondia:
- Eu não sei, não lembro dos compromissos, nem com quem marquei nada.
De forma simples e direta, ela escreveu:
- Se você não lembra é por que os compromissos não valiam a pena ou não era importantes. Que tal começar de novo? Vai, anota aí:

"Amanhã, às 19h, depois do trabalho, Happy Hour das amigas!"  =*

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

sábado, 26 de janeiro de 2013

Conhecimento é um caminho sem volta.

O conhecimento é um caminho sem volta. De repente você se ver esclarecido sobre certos conceitos que eram arrotados para você desde de sempre, e você simplesmente os seguia, por que, afinal, é assim, sempre foi assim, por que não deveria ser? Então vem os grandes autores, a leitura crítica, a universidade e as conversas de mesa de bar ou na saída da aula. E lá se foi a sua doce felicidade ignorante, sem questionamentos, concordando com todos ao seu redor.

Pois é, o conhecimento é um caminho sem volta...Tô gostando do caminho, posso seguir em frente?