6 dias na terra de ventos quentes e úmidos. O lugar do mangue beat de Chico Cience, da Banda Eddie, do ritmo de Lenine, dos clipes de Mombojó, das poesias recitadas por Lirinha, de Suassuna, da areia branca da praia de Boa Viagem e das chuvas de verão que aliviam brevemente o calor. Casa de gente hospitaleira, espontânea, irriquieta, faladora e festeira. Onde moram meu pai, minha mãe, minha irmã e meus amigos de anos atrás. Ar com cheiro de maresia e sargaço que fica na pele como uma marca da certeza de que para essa terra seu filho sempre vai voltar.
Vou deixar a secura da capital por 6 dias. E espero que quando eu volte o verde da grama esteja de fato verde, registrando a chegada das chuvas atrasadas de setembro. Que a chuva caia "de mansinho" como diria Gonzaga, sem assustar ninguém, para renovar as energias das árvores de troncos tortos e dos brasilienses de coração duro. Um alívio para os lábios, menos secos e mais convidativos ao beijo. 6 dias em Recife, 6 dias longe de Brasília. 6 dias de matar e sentir saudades.
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