quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um grande fingidor.

"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)

Mais uma alusão ao nome do meu blog, por que dor é uma coisa pessoa[l], nesse caso tratado pelo Pessoa. Por essas e outras que eu adoro esse nome.

domingo, 27 de setembro de 2009

Entre namorar e estar solteiro.

Para os blogueiros de platão talvez esse tema não lhes pareça muito estranho. Um blog em particular tem tratado bastante dele, O manual do cafajeste (para mulheres). E apesar do nome, o autor (que namora a um certo pequeno periodo de tempo) defendeu o namoro. Mas por que cargas d água eu estaria tocando nesse assunto? Vamos então ao meu relato/desabafo. Sexta-feira dia de happy-hour (fake) do CACOM, sem muitas surpresa, o happy-hour não vingou, ninguém ficou (exceto por alguns viciados em poker, cigarro e cerveja quente, ah e eu Lais e Ju, claro). Pois então, o happy-hour não funcionou, mas nós ficamos lá mesmo assim, conversando assuntos bastante interessantes, diga-se de passagem. Entre teorias do um dos nossos veteranos, e um baita cansaço, decidimos ir embora sem esticar pra nenhum lugar. Aí começam minhas viagens e filosofias: sozinha em casa, depois de um longo banho, deitada na minha rede olhando para o teto. Bateu aquela carência muito forte de sexta-feira a noite, daquelas incontroláveis que eu não sentiria se tivesse saído. Até conversei com algumas amigas, inclusive uma delas me ligou e ficamos até altas horas no telefone. Se naquele momento eu tivesse ligado o computador para fazer um post, todos os leitores achariam que eu sou uma louca desesperada necessitada de atenção, mas eu fui feliz e não fiz isso. Ao longo do final de semana, e passado esse momento fora de mim, continuei minhas filosofias sobre estar com alguem ou não. Vou começar colando um trecho do Manual do Cafajeste e em seguida faço meus comentários.

"Balada solteiro vs balada acompanhado – Eu nunca imaginei sair de balada com namorada. Achava que uma coisa não combinava com a outra, mas ultimamente tenho visto o lado positivo. Quando se vai solteiro pra balada há o risco de seus amigos pegarem alguém e você ficar todo bobo esperando algum deles desencanar da garota que está beijando. Namorando obviamente não há esse risco, mas eu imaginava que seria um porre ficar com a namorada a noite inteira “dançando”. E ai entra o segredo de namorar e ir pra balada, sair com amigos. A namorada se diverte dançando com as amigas, o cara conversa e fala merda com os amigos e quando bate a saudade, dá um beijo, ‘dança’ e assim vai."

É só um dos tópicos que ele defende o fato de estar namorando. De fato eu concordo com ele que diversos fatores favoressem o engajamento num namoro, mas vamos exercitar a empatia (como disse uma colega um dia desses), coloquem-se no meu lugar. Dos ultimos cinco anos, três eu estive namorando, entre os 15 e 17 anos eu praticamente não saía sozinha pra virar noites na rua por que minha mãe não deixava, e quando tinha a oportunidade eu estava com o meu namorado. Não que eu esteja reclamando, eu vivi momentos lindos junto com ele, me divertia muito. Nos dois anos recentes (que eu moro aqui em Brasília) eu conhecia pouquissimas pessoas e mesmo assim dava prioridade ao vestibular, sobrava quase nada para farrinhas. E aí quando eu estou "enrolada" com alguém e minhas amigas mais antigas perguntam "cê acha que sai namoro?", eu respondo quase que instantaneamente "não sei, mas eu prefiro que não", eu percebo nas vozes delas o tom de espanto pela amiga certinha e romântica fazer um comentário tão frio. Pois então, nesse momento entra minha explicação. Eu sou sim romantica ainda, ainda acredito no amor, de fato. Só que eu estou vivendo uma fase totalmente nova da minha vida, e tudo isso a tão pouco tempo. Minhas amigas são hilárias, todas solteiras, hiperdivertidas, e eu não acho que a situação seria a mesma se eu estivesse namorando. Poder sair, "olhar" despreocupada e sem peso na consciência; não precisar dar satisfação; ter a liberdade de conhecer diversas outras pessoas por não estar envolvida. É isso que eu vivo nesse momento. Eu prefiro aproveitar um pouco, e só depois pensar em mudar essa situação. Ou quem sabe ela muda sem que eu se quer perceba.

AHH, www.manualdocafajeste.com leia, sigam, acompanhem, vale a pena.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Trabalho de IPP, eu tinha q fazer uma propaganda de mim. colocar minha vó pra falar deve ter sido no minino inteligente. Trabalhando na edição do trabalho de Comunicação e Universidade. Será sim, postado em breve =)

sábado, 19 de setembro de 2009

One Tree Hill 7a temporada.


Essa semana eu achei o episódio da sétima temporada de One Tree Hill legendado e, apesar de desanimada, baixei pra assistir. Por que desamanimada se é a seria que eu acho mais completa de todas as que eu assisti? Devido alguns rumores que eu li por aí e no final viraram verdades. Os protagonistas do seriado não fazem mais parte dele(!). Pois é, o Lucas que fazia praticamente todas as histórias girarem em torno dele e que tantas vezes narrava citações maravilhosas no final de alguns episódios, que levava a essência principal da série (a sua paixão pela literatura). Tudo bem que ele e a Peyton tiveram um final emocionante, casaram, tiveram uma filha linda, finalmente conseguiram ficar juntos e realizar o principal que era constituir uma família, mas eu tenho certeza que Mark Schwahn teria criatividade de sobra para criar histórias tão ou mais intrigantes para os dois. Mas de fato a causa maior da saída dos dois não foi a falta de inspiração do autor (se esse fosse realmente o problema eu ficaria menos decepcionada com os intérpretes). Enfim, assisti ao retorno dos meu outros personagens favoritos que também enriquecem a série tanto quanto os protagonistas. Nate na NBA, Haley gravando, Brooke (muito mais doce e sentimental)vivendo um amor a distância com o Julian, Millie dirigindo a "Clothes over bros", e o fofo do Jamie mais esperto do que nunca. Quanto aos novos personagens, eu confesso que estou muito curiosa pelo desenrolar das coisas entre eles. Clay, o empresário bem sucedido de Natan, que alega claramente não acreditar em amor logo no primeiro episódio; e Quinn, irmã da Haley que largou o marido por que descobriu que dormia com um completo desconhecido. Com certeza o Clay não substitui o Lucas de forma alguma, mas olhando aquele rostinho desprotegido, eu sinto que ele vai trazer emoções interessantes a trama. E quem sabe no desenrolar das dos episódios o casal principal não "Volta de viagem"? To torcendo por isso.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

mudei, sim, mudei.



"Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com freqüência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. E que comece o novo jogo."

Mudei, sim, mudei. Mas todo mundo muda, todo mundo vive novas experiências que nos fazem enxergar as coisas de outro modo, e até mesmo encará-las de outra forma. É isso, eu encaro as coisas de outra forma, mas nem tudo tambem. Minha essência é a mesma. Se você se decepciona achando que eu sou outra pessoa, fique feliz, eu sou a mesma, naquelas coisas boas, sabe. Com alguns retoques de fato, mas aquilo que possivelmente você gostava em mim sem dúvida está aqui em algum lugar do meio dessas tantas coisas novas que você provavelmente tambem vai gostas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A produtividade indiscutível da aula de ICP


11 a.m., aula de introdução a ciência política e as viagens da minha cabeça vão além dos contratos sociais de John Locke. Uma das poucas matérias que eu realmente tenho que fazer esforço pra estudar ou ao menos me concentrar na leitura dos textos. O bom disso tudo é que a cada aula de ICP que eu assisto, fico mais feliz de ter mudado repentinamente de Relações internacionais para a Comunicação social. Eu estou, definitivamente, no curso certo. Mas a felicidade de não estar em Rel. funciona como uma desculpa para não escutar nada do que a professora tenta explicar e voar para uma área bem menos produtiva da minha concentração: os dilemas da minha vida. Fazendo uma análise etimologica bem grotesca da palavra. DILEMA. LEMA: ah, sei lá, me parece uma ideia a ser seguida, talvez. DI: duplicidade (bem óbvio). Enfim, encaixando-se perfeitamente na minha situação atual. Dois caminhos, uma dúvida. E eu aproveito a aula da matéria que eu estou mais enrolada pra tentar solucionar o problema...Eu preciso, definitivamente, de conselhos amigos.

domingo, 13 de setembro de 2009

Trabalhos de Universitária

Entre tantos textos e trabalhos... Um dos mais interessantes e legais de se fazer: Introdução a antropologia. O professor mandou escolher um grupo pra analisar.. É, um grupo, sei lá, os pivetes que fazem baderna na minha janela toda noite, ou o pessoal que pega onibus pra UnB todo dia de manhã. Pois é, adivinhem então o que eu decidi analisar: Minha Família aos finais de semana!
O que seria mais curioso e peculiar. Vai aí o primeiro texto, a apresentação da minha escolha para análise.

Trabalho de campo

Há cerca de dois anos eu moro na casa dos meus avós paternos, e para alguém que morou a vida inteira na sua casa com os pais e irmãs apenas, eu tenho vivido experiências que não há como enfrentar do modo como enfrentaria uma visita de final de semana. Alguns eventos que de fato só acontecem em casa de avós e que desde que decidi usar minha família como “objeto de observação” passei a analisar de forma um pouco mais neutra, nem como neta visitante, nem como moradora da casa que vive lotada nos fins de semana e feriados. Vou fazer então uma breve descrição do grupo que decidi analisar, observar, estudar, seja lá qual for o termo a ser usado.

Família nordestina, mais precisamente interior de Pernambuco. Os pais (meus avós, no caso) mudaram para Brasília cerca de vinte anos. Vieram quatro dos cinco filhos junto com os pais, apenas a mulher (minha mãe) casou e ficou na cidade natal. Chegando aqui os filhos ainda passaram um tempo sozinhos devido a problemas que os pais tinham que resolver em Pernambuco, mas com alguns poucos anos, voltaram e ficaram com os filhos novamente.

Hoje contam ainda quatro filhos homens, desses, três são casados. Um com três filhos, outro com dois e o ultimo com uma menina. O filho solteiro com um filho também, mas esse não freqüenta a casa devido à guarda pertencer a mãe que não mora na cidade. Eu e minha irmã mais nova nos somamos aos netos próximos (a minha irmã mais velha ficou em recife). No total são quatro filhos, três noras, oito netos, os Pais, e a empregada doméstica. Desse total, são moradores da casa duas netas, um filho, os Pais e a empregada.

Um dos motivos que me fizeram escolher minha própria família para estudo foram as peculiaridades das reuniões de final de semana, feriado, etc. Por que afinal todos tem que estar na casa dos meus avós sagradamente todos os finais de semana. Alguns vêm aos sábados e domingos, outros se vem no sábado, não aparecem no domingo, e em alguns feriados e datas especiais a visita ganha maiores proporções virando churrascos ou almoços especiais.

Algumas coisas, apesar de comuns, realmente despertam minha curiosidade. O revezamento na mesa que nunca cabe todo mundo, a televisão ligada em alto volume apesar de todos em volta dela não prestarem atenção e conversarem muitas vezes mais alto que ela, a correria na hora de servir a sobremesa para cada criança, as conversas em alto tom que muitas vezes se assemelham a discussões apesar de não passar de uma conversa descontraída de família. Dentre outras curiosidades que talvez por serem corriqueiras, nunca havia parado para analisar.



domingo, 6 de setembro de 2009

Primeiro texto de "Comunicação e Universidade"

Nos "intervalos" da vida.

" Em um desses fins de semana em que a família toda se reúne, eu escutei minha prima reclamando que não aguentava mais estudar. Ela reclamava de aulas extras para o PAS e testes vocacionais. Pois é, mas ela ainda está no primeiro ano do ensino médio.
E aí a gente para pra pensar, o que fica da vida escolar depois de alcançar o tão difícil objetivo de entrar na Universidade? Passei muito tempo puxando pela memória e o que mais me vinha a cabeça era justamente aquilo de que minha prima tanto reclamava: provas, aulas extras, simulados, testes vocacionais.
Mas, afinal, seria então a vida escolar uma eterna corrida para entrar na Universidade Pública? Não conformada com a situação em que se encontravam memórias de tantos anos da minha vida, forcei a mente e milhões de tantas outras coisas boas começaram a surgir.
De fato, os primeiros dias chorando no jardim de infância ficaram bastante apagados na minha memória. Mas ainda restam tantas outras coisas. Os mais marcados com certeza são os anos do ensino fundamental. Anos de atleta pra mim. Sim, atleta! Treinava compromissadamente todos os dias da semana. E com obrigações de manter as notas altas, modéstia à parte. As feiras culturais também são aquelas inesquecíveis. e eu me impressiono hoje com a capacidade que eu tinha de me engajar em tantos projetos de uma só vez. Principalmente os painéis. Ah, os painéis! todas as turmas dos fundamental tinham a minha assinatura em pelo menos um dos seus painéis. Uma das melhores coisas dessa mesma época eram as festas de 15 anos. Uma das poucas vezes que meus pais me deixavam virar noites fora de casa. Afinal, eu tinha o que? 13, 14, anos?
E aí veio o ensino médio. Eu, como a "nerd" da turma, larguei o esporte. As revisões de véspera de prova já não faziam mais efeito. Então eu volto a dificuldade da minha prima. Pressão, prova, vestibular. Mas tanta coisa melhor pode ficar acima disso. Fiz amigos pra vida toda, matei algumas aulas, confesso. E aproveitei cada minuto de cada intervalo, que, diga-se de passagem, são os melhores momentos da escola."


Mirella Pessoa