domingo, 9 de agosto de 2009


Família.
10 a.m. Dia dos pais, feijoada pronta na cozinha e eu dormindo no andar de cima. A acústica da minha casa permite saber exatamente o que se passa lá em baixo sem precisar se quer abrir uma frestinha da porta. Então eu sei quem vai chegando aos poucos. Aqueles que chegam primeiro são os que falam mais alto "cadê Mirella??" "Dormindo, ainda?!!". Os próximos já são um pouco mais discretos, meu avô que os anuncia dessa vez "Oh que lindo, é pra mim, meu amor!?". Uma prima pequena chegando. E entre pessoas entrando pra dar os parabéns ao meu avô e outras saindo pra comprar cervejas e complementos para o almoço, eu decido levantar. Família grande é engraçado. A gente briga por causa do tanto de gente em cima da mesa, da comida que não vai dar pra todo mundo, do sorvete que não deixaram pra mim, da bagunça que as crianças deixaram; mas a falta que faz quando a casa está vazia é imensamente mais insuportável. Morar em casa de as vezes é tenso e tumultuado, mas a fofoca depois do almoço compensa sempre. O fato de ser Família, de saber exatamente o momento de me deixar vermelha, ou os tios gritando pelo gol do flamengo é o que engrandece o dia dos pais, das mães, natal, ou qualquer data comemorativa que reúna a família. E apesar de todo estresse, não, eu não trocaria isso por nada. Mais afinal, quem vai lavar a louça?

Nenhum comentário:

Postar um comentário