segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Entre um fim e um (re)começo.

Então é natal…
    "Oi, tudo bem? Feliz natal, feliz natal, feliz natal… feliz natal?
Então… é natal!Nasce aquele que mudou o mundo mostrando que o amor move montanhas, que o ódio, o rancor e a mágoa são venenos que matam aos poucos aqueles que odeiam, mas que não interferem na vida de quem é odiado. Nasce com ele também a esperança de que essas lições de teoria óbvia e prática penosa se tornem verdade no coração de cada um.
     Mas, então… é natal! Dia de estar entre os seus, de dar risadas, lembrar de momentos alegres. Outra teoria óbvia com prática difícil quando os momentos felizes se tornam cada vez mais raros. É aí que a gente lembra que o amor deve mover montanhas, mas não move agora. Deus do céu, como é difícil amar sem ser amado. Que são Francisco me perdoe, mas a única frase da sua oração que parece fazer sentido é “e é morrendo que se vive…” afinal, essa vida parece não ter muito jeito agora.
     Mas, então... É natal! Daqui a poucos dias daremos adeus a 2010 rezando para que ele leve junto todas as lágrimas, as palavras duras e que 2011 traga alegrias, superações e renove laços. Enfim, 2011 renova aquela, que apesar de ser a última a morrer, há muito estava em fase terminal: a esperança. E embora eu não saiba o que esperar não esperar nada traria um vazio ainda maior do que o que já existe. Então: viva a esperança."

Natália Costa, Irmã/amiga/guerreira/suporte/exemplo.


     Eu não vou fazer retrospectiva, talvez não faça pedidos, ou talvez faça, mas não os publique. Minha irmã falou por mim. O que foi esse ano turbulento, duro, difícil? É triste quando os momentos ruins ofuscam o brilho dos felizes. Mas eu tenho uma teoria de que quando a gente chora muito, e o coração aperta, é por que Deus tem algo muito bom guardado pra gente. Deus. É, Deus. Esse ano me aproximou dele, dos seus anjos e de tudo que, com força inexplicável, poderia me proteger. Já que meus esforços humanos e racionalmente explicáveis não estavam sendo suficientes.
     "Deus do céu, como é difícil amar sem ser amado." Como é difícil enxergar a súplica, o pedido de ajuda, a inexperiencia e o desespero dentro dos atos que te machucam. Mas a oração de São Francisco que eu tanto ouvi, sem saber quem falava ou o que falava, diz muito mais do que apenas o final. 

"Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
[...]
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado, "

     Por que, não somos os únicos a estar nas trevas, sempre haverá alguém muito próximo a nós tão perdido quanto. O que fazer? Os outros eu não sei. Meu coração manda em mim. Já admiti isso. E da mesma forma que dói quando machucado, pulsa duplamente quando está feliz. Trazer a felicidade àqueles a nossa volta, assim, pelo simples prazer de fazer a diferença na vida de alguém, é meu alimento, hoje. Amanhã eu não sei.
      Não estamos sozinhos, por mais solitário que seja um Natal entre tantos. Fazendo a diferença entre aqueles que nos encontramos, assim, eles farão 2011 fazer a diferença nas nossas próprias vidas. Da mesma forma que a da minha irmã, minha esperança está viva, como sempre haverá de estar. 2011 vai ser bom. Se não for, nos fará crescer, como fez 2010.

Um comentário: