sexta-feira, 31 de julho de 2009

O orgulho nordestino no cerrado do planalto central



Lysia chegou quarta-feira, e segundo vovó, ela disse no avião: "Ai, vovó, eu to com tanta saudade da minha cama, do meu quarto. Até do sanduiche de Brasília eu to com saudade. Parece que lá fica mais gostoso, né?". Eu estava exatamente do mesmo jeito. O que será? Deve ser a água de Brasília, ou um tempero mágico especial que a minha vó coloca na comida e faz a gente querer voltar o quanto antes. Eu que nunca imaginaria, logo Brasília, a cidade que me atormentou a adolescencia inteira, que me fazia ter medo de ter que deixar, familia, amigos, volei, namorado, escola. Brasília que me parecia a cidade mais fria e hostil a qual eu já tinha visitado. Afinal, comparando-se com Recife qualquer cidade poderia ser menos simpática. E hoje, a capital é o lugar pra onde eu tenho vontade de voltar (o quanto antes). E a minha casa então. A falta que eu sinto dela é tão demasiada que me faz acordar mais cedo depois da festa na casa das amigas só pra poder chegar logo em casa. Pra quem não queria nunca sair do Polo Cultural Pernambucando. Eu pensava "como eu vo largar minha praia pra viver na secura do cerrado?" E cá estou eu, enchendo a boca pra dizer que moro em Brasília sempre que volto pra minha terra. Mais uma cidade pra acrescentar no coração. Por que eu adoro voltar pra BSB, mas o orgulho que eu tenho do meu Recife, ahh isso ninguem me tira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário