sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Projete.

A gente tá começando a fazer acontecer.



Éramos uma pá de apocalípiticos, de meros hippies com um falso alarme. Economistas, médicos políticos apenas nos tratavam com escárnio. Nossas visões se revelaram válidas e eles se calaram, mas é tarde. As noites estão ficando meio cálidas e o Mato Grosso em chamas longe arde. O verde em cinzas se converte logo, logo.
É Fogo. É fogo!

Éramos uns poetas, loucos, místicos. Éramos tudo que não era são. Agora são, com dados estatísticos, os cientistas que nos dão razão. De que valeu, em suma, a suma lójica do máximo consumo de hoje em dia? De uma bárbara marcha tecnológica e da fé cega na tecnologia. Há só um sentimento que é de dó e de malogro.
É fogo. É fogo!

Doce morada bela rica e única. Dilapidada só como se fosses a mina da fortuna econônima, a fonte eterna de energias fósseis. O que será, com mais alguns graus celsius, de um rio, uma baía ou um recife? Ou  um ilhéu ao léu clamando aos ceús se os mares subirem muito em tenerife? E dos sem água, o que será de cada súplica de cada rogo?
É fogo. É fogo!

Em tanta parte, do Ártico à Antártida, deixamos nossa marca no planeta. Aliviemos já a pior parte da tragédia anunciada com trombeta. O estrago vai ser pago pela gente toda.
É foda. É fogo.

É foda.

Lenine.

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