terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um olhar e um registro.

     Dentre tantas as artes que me despertam o interesse, a fotografia entra para minha lista. Um olhar, um momento, um registro. Pequenos passos de um amadorismo que exprime paixão e humildade na expressão por meio da luz.

Trabalho final de Introdução à Fotografia, Professor Duda Bentes. Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília.

"Hoje é Domingo.

'Hoje é domingo/pede cachimbo
Cachimbo é de ouro/ bate no touro
O touro é valente / bate na gente
A gente é fraco / cai no buraco
O buraco é fundo / acabou-se o mundo.'
Parlenda de Autor desconhecido.

Baseado no Artigo XXIV da Declaração dos Direitos Humanos 'Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.'.
Toda pessoa tem direito ao lazer e a um momento de repouso. Todos estamos sujeitos as cobranças da vida, seja no trabalho, na escola, na faculdade ou mesmo dentro de casa. O momento do lazer revigora nossas energias, alimenta nossa alma para uma nova jornada, seja essa jornada de mais um mês, uma semana ou um ano. São poucos os que valorizam esse momento, que tem real noção da validade desses instantes na composição da sua felicidade. Exceto pelas crianças. Certo, talvez elas também não tenham a devida consciência, mas ninguém vive tão planamente o momento do lazer como a criança. Na verdade, vive tão bem que muitas vezes já não se sabe quando está estudando, lanchando ou tomando banho. Para ela, é tudo uma grande brincadeira. E um domingo de sol torna-se uma grande fantasia e papel em branco para desenhar intermináveis momentos de alegria, todos eles vividos intensamente na ingenuidade e inocência da infância."

Trilha
Mallu Magalhães - Make it easy(2)







segunda-feira, 30 de agosto de 2010

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A minha mente cria discussões homéricas. Nelas eu consigo me alterar sem perder a postura, e as palavras fluem claras e coerentes segundo meus argumentos favoráveis. Eu não choro, nem minha voz treme. A garganta não tranca a passagem das palavras para fora da boca. Olhares piedosos e desculpas esfarrapadas não me abalam. Em minha imaginação a situação corre totalmente a meu favor. E me tenho por vencedora, segura. As brigas da minha mente são solucionadas no momento em que o conflito se estabelece. O rancor não se instala nem se multiplica, isolado e silencioso dentro de mim, alimentando-se dos meus bons momentos e surtos repentinos de alegria. Ele nem se quer germina. Eu sento, falo, gesticulo até, e todos me ouvem. Na minha mente, claro, na minha mente.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Multiplicidade.

          Somos muitos em um só. Eu não gosto do fato de ser diferente para pessoas diferentes, mas a realidade é que é muito difícil ser autêntico todo o tempo. Eu calo diante das opiniões retrógradas dos meus avós, sorrio com as piadas sem graça de alguns professores, sou educada com quem acho que não vale à pena. Pelo bom andamento das relações sociais, não ponho o dedo na cara, não chamo de estúpido e nem dou gargalhadas de desgraças alheias. É preciso ser muito corajoso para dizer sempre o que pensa, sem medo de julgamentos ou exclusão social (Espiral do silêncio, Teorias da Comunicação com Professor Martino). Alguns tiram essa coragem da internet. Blogs, vlogs e twitters são cheios de opiniões fervorosas. É como se o avatar da rede social desse-nos superpoderes e nos tornasse inatingíveis. Terminamos por despejar paixões e xingamentos, torcendo para que nosso chefe nunca leia ou que o amor da nossa vida escute. Ainda assim não acredito sermos totais verdades na rede. Assim como na vida não-virtual, prezamos por uma imagem que os outros fazem de nós. Vou à teoria de um amigo: somos personagens diferentes em lugares diferentes. Mãe, aluna, amiga, namorada. Cada um acentua uma qualidade ou esconde um defeito. Difícil é achar alguém com quem se possa ser cada vez menos personagem e cada vez mais realidade. Difícil, difícil.

sábado, 21 de agosto de 2010

Não vou nem falar...

http://www.carascomoeu.com.br/2010/08/pra-ser-sincero.html#more


      É o que eu tenho pra hoje, o que eu li e valeu a pena repassar. Não vou falar mais nada, antes que eu comece a praguejar a vida e mais alguém venha me dizer que meu twitter parece um “Muro das Lamentações”. Vou parar antes que eu diga que eu não vivo de alegrias plenamente e que se você só lembra das frases irritadas que eu falei é por que você tem focado nelas, daí não seria eu a negativa. Nem vou discutir pra não começar a falar que os últimos meses tem sido enlouquecedores, não só pelos ônibus quebrados, chances de reprovação e primeiro salário do projeto roubado da minha conta. Mas que apesar de tudo, eu ponho isso pra fora, e tenho quem me escute. Vou respirar e não vou dizer que se não quiser ouvir “coisas tristes” ligue a TV no canal Polishop e fique atento a todos os depoimentos. Nem vou falar que cabe a você decidir se dá unfollow, me manda fingir que tá tudo bem ou simplesmente senta e me deixa falar tudo que de ruim eu precisar. Fico até feliz se fizer o mais fácil e se afastar, poupar-me-á da seleção dos meus bons e poucos amigos, a eles eu retribuo com meus momentos felizes e meu ouvido paciente nos mesmos momentos de raiva pelos quais eu também passei. Não vou nem falar nada, vou só ficar calada. 



Soou irritado, eu sei.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Conto


Que virasse uma pizza, então.   

            "Suspirou exausta. Acenderia o cigarro típico dos filmes de Hollywood se fosse fumante.  Cobriu os seios com o lençol e pôs os braços por detrás da cabeça olhando para o teto. Era a primeira vez que levara alguém a seu apartamento que não seu namorado. Namorado que virara ex nos últimos seis meses. O rapaz que agora cochilava em sua cama não era um estranho, porem. Seria demais para sua mente conservadora. Ele não a abraçou carinhosamente, nem disse que era linda. Também não era o que ela desejava. Sentia, com remorso, que de tudo já estava satisfeita. E se pudesse, o transformaria em uma pizza ou um pote de sorvete que lhe seria mais útil naquele momento. Ao mesmo tempo em que julgava a si mesma pelos pensamentos que a levavam a tal atitude, perguntava-se por que, no auge dos seus independentes trinta anos, não poderia levar quem quisesse a sua cama para simples e pura satisfação própria? Sabia que dele não poderia esperar mais que aquela noite (e talvez mais outras sem compromisso) então pra que gastar seus mimos e pose de “boa moça”? A pose que deveria manter quando quisesse que o “bom partido” acreditasse na sua castidade fingida, até que passasse o tempo certo de ser livre sem que o rapaz tratasse-a como mais uma. 
              Naquela noite ela não estava disposta a privar-se de suas vontades para alimentar mais um teatro induzido contra a idéia da mulher fácil interpretada pelos homens. Cansada dos prejulgamentos machistas por exprimir seus desejos e sem medos de más interpretações, ela só queria relaxar. Pela primeira vez, em seu apartamento, queria o que lhe desse vontade. Pouco importava se ele não ligasse no dia seguinte. Talvez melhor que nem lembrasse. Pouparia de ter que agüentar o olhar do moço, aquele de quem deseja apenas as suas pernas torneadas em volta da cintura dele. Ela sabia que era muito mais que isso, só já não seria mais para ele.  Fez o que queria e, melhor então, que ele nem ligasse. Que virasse uma pizza, ali mesmo."

Em contraste com a mulher-pizza do Manual do Cafajeste.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A origem.

Eu não me atreveria a escrever uma crítica para esse filme, meu ínfimo conhecimento de cinema não chega aos pés da magnitude dele. Prefiro então me calar.





sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Metalinguística


Click to play


     Eu não sou boa atriz, cantora ou dançarina. Provavelmente também não serei diretora de cinema, apesar das aulas de oficina de interpretação. Quando me pergunto “por que eu escrevo?”, uma boa resposta seria “por que é o que me resta de expressão.”. Mas eu não reduziria a tão pouco. Escrever é muito mais do que uma ultima opção. Também não levaria como profissão, porem. Dificilmente eu conseguiria disciplinar meus surtos de inspiração a rotinas e pautas jornalísticas ou a prazos de editoras. Ela é livre, tem vida própria e não tem data nem horário fixo. Perdi as contas das vezes que levantei no meio da noite procurando uma caneta e um pedaço de papel. É tão geniosa (a inspiração) que não me deixa dormir enquanto não a deixo devidamente registrada.  Eu gosto sim de falar de mim. Não vejo como egocentrismo, narcisismo ou qualquer distúrbio psicológico. Eu acredito que todo mundo precisa de um tempo consigo mesmo. Nós vivemos em uma geração onde o status e a popularidade são medidos por números de seguidores no twitter ou amigos no Orkut. Expomos fotos de balada, viagens, recados e comentários. Qualquer introspecção é sinal de anormalidade, antisociabilidade ou coisa do tipo. Não concordo, não conhecemos nem a nós mesmos e classificamos os contatos do MSN por grupos e graus de afinidade. Conhecer-me é um dos motivos pelo qual eu escrevo. Ponho pra fora e traduzo aquilo que de mais forte pulsa dentro de mim no momento. Pra quem eu escrevo? Confesso que já escrevi para pessoas especificas. Esperava que elas entendessem minhas entrelinhas, mas não sabia exatamente que reação esperar. Hoje não sei. Não sei exatamente quantas pessoas me ouvem ou me lêem. E não espero tocá-las, mas fico feliz quando acontece. Sei que é um pedaço de mim que se propagou, que tomou dimensões nunca imaginadas. Uma parte que foi a lugares que eu talvez nunca conheça, mas que, de alguma forma, esteve lá. Escrevo por isso e para isso... E por outras coisas que provavelmente eu nunca saiba explicar.


Música: "Transatlantique", Beirut .

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Palavras para minha eternidade.

     No meu aniversário de 20 anos, o melhor presente e uma das mais belas homenagens que já recebi. Palavras de conforto que me fazem acreditar que nunca é tarde pra fazer novos e, melhor ainda, bons amigos. Onde quer que estejamos, existirão pessoas para nos confortar e nos acolher. São palavras para serem ouvidas duas, três, inifinitas vezes, palavras que me trarão paz nos momentos difíceis, alegrias nos momentos saudosos e boas lembranças daqui a alguns anos.
 
Presente da Iasminny.

domingo, 1 de agosto de 2010

@mihpessoa Convida. =P



Rafaela Ramos
Data: 27/07/2010
Música: Makes me wonder, Marron 5


@rafaaramos

      Crescemos juntas, entre barbies e playgrounds de prédio. Ela não devia ter saído de Recife enquanto eu estava lá. E thank god eu estar  no meio do caminho de todas as férias dela.