quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Era tudo mentira


Avisei que era tudo mentira.
Pré- anunciei meus passos em falso.
Fiz tudo com aviso prévio,
E você caminhando descalço.
Avisei que era tudo mentira:
Os arrepios no pé do pescoço
Os presentes cobertos de ilusão ,
Os orgasmos fingidos na noite,
E o pulsar de cada sensação.
Avisei que era tudo mentira,
Que a você nunca me entregaria.
E por mais que você tentasse,
Por mais que naquilo insistisse,
A barreira nunca cairia.
Avisei que era tudo mentira:
Meus beijos e meus telefonemas,
Meus prantos molhando seu peito.
E todos os meus eternos dilemas.
Avisei que era tudo mentira,
E rezava para que você acreditasse.
Mas que dura ironia da vida
É a mentira virando verdade.

domingo, 24 de outubro de 2010

A fortificação da Imagem do Herói Nacional.

Se fortifica a imagem de um herói nacional. Ovacionado na cena em que espanca sem pena um deputado corrupto, o agora Coronel Nascimento incorpora a indignação de cada um dos brasileiros que por horas se espanta ao se dar conta da dimensão da realidade que o filme nos mostra. Por mais incrível e revoltante que pareça, é de fato daquela forma que as coisas acontecem. Aqui, o nosso herói não se faz herói por conseguir "derrotar o sistema", (ele encontra-se longe de conseguir) mas por materializar o pensamento e a posição da população brasileira com relação a situação da política que nos rodeia. Não é só no Rio, não é só no BOPE. O "Sistema" está em todo lugar, e ai de quem ousar se voltar contra ele. 

domingo, 17 de outubro de 2010

Yeah, they rock!

The Big Bang Theory


Fazendo meu fim de semana mais feliz.

sábado, 16 de outubro de 2010

Ao som de Los Hermanos

Pegando o jeitinho do traço de novo. (quando sobra um tempinho).

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Maus Hábitos

  
        É que eu tenho esse vício incontrolável de fazer planos, sabe? Prevejo meus próximos 5 anos e fico frustrada ao me dar conta que não diz respeito só a mim. É tudo culpa dessa mania de contar o tempo, marcar datas na agenda e tomar o controle de tudo. É um pavor absurdo de perder esse controle, de ficar vulnerável ao destino. Foda-se o destino, quero tomar as rédias da minha própria vida. Não disseram que ela era minha? Já me avisaram que com 20 anos eu deveria estar por minha conta. Pois bem, deixem-me controlar tudo, então. Eu quero saber quanto tempo resta até eu mudar de cidade para poder planejar os lugares que ainda me restam visitar; quantos fins-de-semana sem filhos eu ainda terei, para fazer a tempo o que eu sei que não poderei fazer quando tive-los; em que ano serei contratada por aquela mega agência, assim eu posso escolher a duração dos cursos que devo fazer; à que horas você vai chegar aqui de surpresa com um buquê de flores nas mão para eu vestir aquele vestido e passar o perfume que você tanto gosta. Eu quero tudo sob controle, sob o MEU controle. Não quero ficar a mercê do tempo. É essa minha mania, sabe? Faz algum sentido pra você?

domingo, 10 de outubro de 2010

10.10.10


Tô aqui transformando o teu rascunho em arte final. Já que a minha cama continua bagunçada ao meio dia de domingo e os meus arquivos ainda estão todos jogados na área de trabalho. Eu sou o retrato da bagunça. O espelho eu já cobri com uma toalha e os livros de cima da mesa eu vou só afastar e achar um canto pra desenhar enquanto eu espero você tirar essa bermuda. Por que, hoje, eu quero você sério.

Leoni 04 Como Eu Quero

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A casa vazia.

     A casa vazia é que me assusta. Ninguém batendo as panelas ou aumentando o volume da televisão. O barulho mais humano vem da novela das seis passando na sala. São pessoas distantes que não respondem minhas perguntas nem comentam minha preguiça de subir as escadas e começar a estudar. A casa vazia é que me assusta. A conversa que sobe as escadas e entra em meu quarto de portas fechadas já não me incomoda mais. O silêncio e a casa vazia, sim, me assustam.

sábado, 2 de outubro de 2010

Uma variável



Los Hermanos
     Eu gosto de filmes, bons filmes, pra mim. A crítica pode cair de elogios, se não prender a minha atenção ou não me tocar, pra mim não é bom. Gosto de música. Se eu estiver com vontade de balançar na rede ouvindo Djavan ou Luiza Possi, aquela música será boa pra mim naquele  Posso ir ao show de Exaltasamba, ouvir Paramore no caminho para a faculdade, assistir ao DVD da Ana Carolina, dançar aviões do forró, chorar com Adriana Calcanhoto ou dormir ao som de Caetano. Música tem que ter significado, sentimento, e as vezes lembrança. Cada uma adequada a um momento, segundo a minha vontade.


Luiza Possi

    Amo e sinto falta de dançar forró, do rosto colado e do "ralabucho"; sambo inconscientemente com o som do cavaco, e começo a mexer instantaneamente com a batida do funk. Dançaria gafieira, tango, zouk, e tudo mais, se soubesse. Desenho ouvindo música, leio tomando sol, assisto seriado no computador, escrevo dentro do ônibus, converso na bancada da cozinha.


     Não sou eclética por clichê, mas por que é realmente difícil definir um gosto engessado para mim. Confesso também que prefiro assim. Coisas novas surgem todos os dias e ficar preso a um estilo ou hábito é perda de tempo. Não acho que vou desfrutar mais ou melhor de algo se me dedicar unica e exclusivamente a ela. Essa intensidade se dá a medida que você se identifica com tal atividade. A diversidade é tão mais rica para se prender a exclusividades. Chato e previsível é ser invariável e inflexível. Prefiro ficar no ecletismo.