É como toda aquela história que eu criava quando brincava de casinha. Acreditava que era a mãe dedicada e que meu filho doente seria curado pela competente doutora (às vezes minha irmã, outras minha prima). Era tudo tão real e eu depositava minha energia naquilo. Como na oração com as mãos fortemente grudadas: “Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador...” E a certeza de que aquelas palavras deixariam longe os monstros dos meus sonhos. Mas e se eu não souber mais rezar? Se aquela fé inocente e sem questionamentos não existir mais, como atender a esses sinais que me empurram de volta para uma fé há tanto tempo deixada pra trás? Uma crença abalada por imposições, aulas de história e dúvidas da idade; por caminhos adversos e críticas fortemente construídas para negar as missas de domingo com minha avó. Deixar de lado todos esses pensamentos e mergulhar de cabeça e olhos fechados de volta nesse mundo? Acho pouco provável da minha parte. “É o seu Deus, Mi” a Iasminny me falou esses dias. O meu? Se ele tem me olhando esse tempo todo, deve estar irrequieto sentando em sua cadeira, bolando estratégias mirabolantes para me chamar pra uma conversa séria. Deve ter muito a me falar. Talvez eu não saiba mais rezar, mas uma boa discussão com Ele, com certeza renderá.
Texto lindo Mih! Tenha certeza que nunca é tarde para aprender - ou reaprender - algo.
ResponderExcluirFico feliz que você esteja refletindo sobre isso :D
Adorei o texto. Com os questionamentos realmente a visão da fé muda... Espero que encontre o que busca.
ResponderExcluirhttp://orasbolotas.blogspot.com/