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Por mais que as campanhas de divulgação do filme tentem reverter, o objetivo do longa que retrata a vida do nosso presisente é bastante claro: pintar e fixar para a população a imagem de herói de Lula. A história do metalúrgico não é muito diferente de tantos brasileiros que saem do sertão nordestino para tentar uma vida melhor na grande São Paulo. O enredo foca na vida e na luta de Luís Inácio e mostra o inicial desinteresse que tinha pela política, tudo sempre norteado pela força e apoio da mãe Dona Lindu. Foco esse que foi utilizado na campanha do filme que vem sendo divulgado, onde Glória Pires (Dona Lindu) tenta passar que a mensagem principal é o retrato de uma mulher forte que criou os filhos sozinha ultrapassando as dificuldades de uma vida de retirante. De fato, o filme mostra a força dessa mulher e o suporte que ela dá ao filho. Mas certamente, aqueles com um pouco mais de senso crítico consegue perceber como a falta de partidarismo claro e a imagem de Lula como herói Hollywoodiano é utilizada para popularizar ainda mais a figura do então presidente. Lula não é de direita ou de esquerda, não é comunista nem se quer do PT (o partido não é nem ao menos citado), Lula é "do povo". "do trabalhador". As ações mostram o constante meio termo do político, que luta sempre em prol da classe desfavorecida. Não acho que isso o faça um mal governante, ou um farsante por assim dizer, apenas não sejamos hipócritas e deixemos passar o claro motivo desse longa.
Vale salientar a mechandising massante do filme. Souza Cruz e Brahma pratocinaram fortemente essa produção, e cá entre nós, o tanto que o protagonista fuma e comemora com a "número 1" já fez a empresas desembolsarem um pesado investimento. Até um slogan recente da cerveja virou fala do presidente do sindicato "Nós viemos aqui pra beber ou pra conversar?!". Apesar de tudo, a história é verdadeira e comovente (me fez até chorar no final) dada as devidas proporções ao sensasionalimo, e claro, deixando sempre o alerta do senso crítico ligado.
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